Professores da Poli-USP e do RCGI vão apresentar, na COP-26, o potencial brasileiro de reverter emissões de carbono

Diretores do Research Centre for Greenhouse Gas Innovation participarão de evento que vai abordar projetos científicos internacionais sobre a redução dos gases do efeito estufa.

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Diretores do Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI) irão até Glasgow, na Escócia, para participar do International Technology Centres Summit & Research Study. O evento paralelo à Conferência do Clima (COP-26) tem o objetivo de facilitar projetos científicos internacionais e auxiliar a comunidade científica e empresarial global a engajar cientistas e institutos de excelência.

“Será uma oportunidade para apresentar o trabalho que estamos realizando no RCGI e mostrar o potencial brasileiro para se tornar não apenas neutro, mas possivelmente negativo nas emissões de gases do efeito estufa. Claro que isso envolve uma série de ações e uso de tecnologias, mas é algo factível”, afirma Gustavo Assi, diretor de Inovação e Transferência de Tecnologia do RCGI, que participará do evento junto com Julio Meneghini, diretor Científico do RCGI, e Karen Mascarenhas, diretora de Recursos Humanos e Liderança.

Assi ressalta que a mensagem do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) versava sobre a negativação das emissões. “Já não adianta mais apenas neutralizar as emissões. Perdemos o ponto da neutralidade e o mundo agora precisa fazer mais: não emitir e capturar o carbono que foi liberado no passado. Nos últimos meses ouvimos muitas empresas declararem planos de serem neutras até a próxima década. Mas isso já não é suficiente. É um discurso um tanto atrasado e diferente do que vamos apresentar em Glasgow”, afirma.

O RCGI tem lançado programas de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias cujo objetivo central é a redução das emissões de gases do efeito estufa. As inovações e soluções desenvolvidas no centro de pesquisa são focadas em possibilitar que o Brasil atinja os compromissos assumidos no Acordo de Paris, no âmbito das NDCs – Nationally Determined Contributions.