Histórico

O Curso de Engenharia Naval da Escola Politécnica da USP existe desde 1956. Foi criado porque a Marinha do Brasil precisava de engenheiros navais e escolheu a USP para formá-los. Além de formar estudantes para a Marinha, o curso também formava engenheiros para o mercado naval, o qual necessitava profissionais qualificados para a frota brasileira. Durante os anos 80, o Departamento de Engenharia Naval expandiu suas atividades, incorporando novos temas como engenharia de materiais e tecnologia de  exploração em águas profundas.

Desde 1990, o departamento recebeu o nome de Departamento de Engenharia Naval e Oceânica.

Contexto profisisonal

A principal característica da formação da Engenharia Naval é a chamada Análise Sistêmica. As relações entre os muitos subsistemas (propulsores, estruturas, controladores, etc.) que fazem parte de um navio ou um sistema oceânico e a performance global técnico-econômica são enfatizadas. O fato de que a Engenharia Naval tem que abranger conceitos de outras áreas de engenharia e ser capaz de simplificar muitos tipos de problemas, permite que se trabalhe também fora do setor naval.

As seguintes atividades econômicas estão diretamente relacionadas à atuação de um engenheiro naval:

  • Indústria de construção naval, incluindo o estaleiros de manutenção, o setor de navipeças e as sociedades classificadoras.
  • Transporte intercontinental para exportação de commodities agrícolas, minério e produtos (semi) manufaturados.
  • Transporte interior e de cabotagem, incluindo o planejamento e operação de rotas fluviais e marítimas de integração.
  • Transporte offshore, incluindo as operações de alívio junto às plataformas de petróleo e as operações de suporte à indústria.
  • Exploração de recursos minerais do oceano, especialmente petróleo e gás.
  • Exploração marítima de recursos biológicos, como pesca e criação de animais marinhos.
  • Lazer e esporte náuticos.
  • Geração de energia renovável do oceano.

 A defesa marítima e fluvial, de responsabilidade da Marinha, também requer o constante desenvolvimento da tecnologia de Engenharia Naval. Todas essas atividades exigem soluções tecnológicas que apresentem níveis cada vez mais altos de segurança e confiabilidade de operação, além de melhor desempenho dos sistemas e equipamentos, mesmo sob condições ambientais adversas, com custos cada vez mais competitivos e preços reduzidos.

Esses são desafios que se colocam à Engenharia Naval e Oceânica e aos profissionais que a exercem, no sentido de contribuir para a viabilização de uma Economia regional mais integrada, para a inserção do país na Economia global, bem como para a exploração consciente e não predatória dos recursos naturais.